O governo de Minas intensifica ações para punir responsáveis por atos de violência e vandalismo registrados no estádio . STJD pedirá interdição da Arena MRV por violência na final da Copa do Brasil
Possíveis sanções: perda de mandos de campo e multa
O Atlético-MG pode enfrentar duras penalidades, que incluem a perda de até dez mandos de campo e uma multa de R$ 200 mil. Esses pedidos baseiam-se no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que exige que os clubes tomem “providências capazes de prevenir e reprimir” desordens. Segundo o procurador-geral do STJD, Paulo Dantas, o objetivo é garantir a segurança nas competições: “A interdição do estádio é uma penalidade que se aplica quando a decisão impõe exigências que precisarão ser cumpridas antes da reabertura da praça desportiva.”A Procuradoria aguardava a publicação da súmula do árbitro Raphael Claus, que relatou o uso de laser, arremesso de bombas, copos e outros objetos, além da invasão de torcedores ao campo. O STJD também utilizará vídeos e outros registros como provas no processo.
Investigação e segurança intensificada pelo Governo de Minas
O Governo de Minas iniciou uma operação de segurança para apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo na Arena MRV. As Forças de Segurança solicitaram imagens das câmeras do estádio para identificar envolvidos na violência, que incluiu o arremesso de bombas e outros objetos. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Delegacia de Eventos e Proteção ao Turista (Deptur), conduzirá a investigação.O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) apoiará a análise de imagens, com acesso a mais de 1.300 pontos de monitoramento em Belo Horizonte e região metropolitana. No dia do jogo, uma carreta do CICC Móvel com câmeras estrategicamente instaladas, incluindo uma que cobre um raio de 10 km, foi posicionada nos arredores do estádio para reforçar a vigilância.
Ações imediatas e prisões
Durante a operação realizada pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), doze pessoas foram detidas no local. O Governo de Minas reafirmou sua postura contra a violência em eventos esportivos e o compromisso com a segurança pública. “Estamos trabalhando para que a segurança seja uma constante em todas as regiões do estado, incluindo em eventos esportivos e de lazer de grande porte,” afirmou o governo.
As decisões sobre a interdição e as punições ao Atlético-MG serão acompanhadas de perto, pois, além da segurança, envolvem a continuidade do uso da Arena MRV.
Sindicato do Jornalista de MG protesta contra agressões a fotógrafos em jogos do Atlético
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais se coloca ao lado da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc) ao repudiar as frequentes agressões de fotógrafos profissionais escalados para a cobertura de jogos do Clube Atlético Mineiro na Arena MRV, em Belo Horizonte. O SJPMG reforça a necessidade de ações urgentes para coibir novos casos, como o ocorrido neste domingo, dia 10 de novembro, durante o jogo do time mineiro contra o Flamengo, pela final da Copa do Brasil, que vitimou o fotógrafo Nuremberg José Maria, atingido por uma bomba e precisou ser hospitalizado. Ele teve de passar por uma cirurgia por conta de fraturas nos dedos dos pés, rompimento de tendões e cortes.Leia nota emitida pela Arfoc
ARFOC-MG (Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais) vem a público expressar seu veemente repúdio aos acontecimentos na Arena MRV durante a partida entre Atlético-MG e Flamengo, válida pela final da Copa do Brasil.
Mais uma vez, os fotógrafos e todos os demais profissionais de imprensa (repórteres e cinegrafistas) que estavam trabalhando neste jogo se viram vítimas de atos violentos e covardes de torcedores do Atlético-MG. Todos, sem exceções, tiveram a integridade física ameaçada, inclusive os seguranças do estádio, que ali estavam para garantir a segurança.
Os associados da ARFOC-MG, ARFOCs Rio, São Paulo e os demais profissionais de imprensa foram atingidos por bombas, copos de cerveja, refrigerante e água, lançados por torcedores. Um dos associados teve o banco quebrado devido à explosão de uma bomba e os equipamentos danificados pela água. Outros fotógrafos também relataram a mesma situação.
O caso mais grave foi de um fotógrafo atingido por uma bomba que explodiu debaixo de seu pé. Ele precisou ser socorrido e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia após sofrer fraturas em três dedos, rompimento de tendões e cortes no pé.
A ARFOC-MG já havia relatado problemas dessa natureza à administração da Arena MRV, onde foi acordado que medidas de segurança seriam implementadas. Contudo, se estas foram de fato adotadas, demonstraram-se insuficientes.
A ARFOC-MG, enfim, presta solidariedade a todos os seus associados e demais profissionais de imprensa atingidos pelos atos violentos promovidos por vândalos travestidos de torcedores do Atlético-MG e cobra da ARENA MRV e do Atlético-MG medidas que assegurem e preservem a integridade física de seus associados, bem como de seus equipamentos.bandidos (com informações do PLOX)
Opinião do editor
Nos últimos meses temos acompanhado vários atos de vandalismo provocado pelas chamas torcidas organizadas, que na verdade são gangs de bandidos que, na maioria das vezes, tem apoio do próprio clube esportivo.Se o Governo não tomar medidas drásticas para acabar acabar com essa onda de crimes nos estádios é melhor acabar com o futebol. Vamos usar os estádios para outras finalidades.Infelizmente o Brasil virou terra sem dono. Os marginais atuam em todas as áreas, desde o futebol até dentro da política. Enquanto os bandidos continuarem dando as cartas esse País continuará sendo cada vez pior.
A ganância, a falta de ética, a falta de vergonha na cara, são fatores que contribuem para piorar nossa nação.